domingo, 23 de junho de 2013

Hoje

Hoje...
Especialmente hoje,
a dor tomou-me.
É nocivo este amor,
rasga-me ao meio.
Rasga-me o peito,
deixa-me sem ar.
Quero o...
Ó dor minha,
meu desejo.
Meu veneno,
antídoto meu.
Insano e voraz,
desvenda-me.
Percorre-me...
Descubra segredos,
embriague-se.
Tira-me o fôlego,
tome um coração.
Toma-me...
Livra-me da dor,
proscreva a.
Faz-me serena,
embriaga-me em ti.

--Bárbara Melo

Reflexo

EU SOU...
vestígios dos meus sonhos,
a força do meu punho,
resultados da minha mente.
Sou...
o que falo,
o que penso,
o que sinto,
o que sei,
o que faço,
não o que você pensa que vê,
ou sabe sobre mim...

__-Bárbara Melo

Anseios

Quem sabe,
...incertezas
pode ser
...inconstância
de repente
...imprudência
talvez
...indecisão.
Tua perdição!
Discernimento,
constância,
serenidade,
certezas,
prudência.
O que te salva!

--Bárbara Melo

Sintonia

É uma sintonia...
eu lembro...
...tu lembras
lembramos...
....pensamos.
No vento,
no tempo,
sentimento.
É assim...
todo o tempo!

__-B. Melo

domingo, 16 de junho de 2013

São teus, os meus versos

São teus, os meus mais insanos versos,
feitos nos mais loucos e funestos segredos.
Versos que escapam-me por entre os dedos,
e furtivamente te trazem para mim.
Inevitavelmente meus sentidos te atraem,
violentamente o fazem passivo de meus desejos,
Uma fusão entre sonhos e realidade,
confundem nossos corpos e mentes.
Eis que o sono, outrora profundo, agora é leve,
e desperto na mais cruel sanidade dos mortais.

__-Bárbara Melo

sábado, 15 de junho de 2013

colorindo

Colorindo

Vi num livro minha vida,
mas quase tudo em branco.
E o título ali dizia,
Eis sua vida...
Assustei-me com aquilo,
não podia acreditar.
O que fazer com esta vida,
que sem cor ali esta.
Um estalo nos sentidos,
foi o que senti ali.
Uma vontade de escrever,
colorir e colorir...
Vou mudar toda esta história,
cruzar os braços jamais.

Pincel, caneta, tinta...
papel em branco nada mais.

Fui pintando devagar.
ora firme, ora trêmula,
não podia fraquejar,
tinha que valer a pena.

Sonhos, medos, esperanças...
papel em branco nada mais.

Fui pintando com firmeza,
descobrindo com jeitinho,
na melodia dos sonhos,
fui traçando meus caminhos.

Esta bem melhor agora,
um colorido bem melhor.
Pintei flores, pintei verde,
ascendi minha esperança.
Desenhei faces serenas,
pessoas da minha infância.
Este livro em construção,
estou vivendo agora.
Colorindo o sem medo,
vou pintando até agora.
Pintando meu destino,
é que faço agora.
E o que estas esperando,
que não faz o mesmo agora?


__- Bárbara Melo

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Meu amor é assim...

Meu amor é assim ...

Não fraqueja, com a demora,
não se abala com o vento. 
Não se embaraça em ciúmes,
não enfraquece com o tempo.

Meu amor é bem guardado,
só você pode tocar...
com teus beijos,
teus abraços,
este amor pode domar.

Me entregas teu carinho,
e tomas conta dos meus.
Se estas no meu caminho,
estarei tambem no seu.

Quantos beijos me roubaste,
entre os abraços apertados.
Quantas vezes prometeste,
ficar sempre do meu lado.

Somos dois, em um apenas,
somos chamas de paixão.
Somos carne, em desejos,
somos uma só emoção.

Eis que o amo meu rapaz,
mesmo assim desse meu jeito.
Se em palavras não revelo,
meus versos aqui dão um jeito.


__- Bárbara Melo
_Imagem: Stasia Burrington

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Medo

Medo!?

Meus medos!?
Não os tenho mais...
Não adianta me falar,
que a vida é muito dura.
Que amar pode doer,
que pode fazer sofrer.
Não adianta mostrar,
tuas cicatrizes de amor.
Se pra ti foi sofrimento,
para mim é alimento.
Sentimentos me sustentam,
a paixão me fortalece.
Vá pra lá com seus lamentos!!!

__- Bárbara Melo

sábado, 8 de junho de 2013

Colheita

Colheita...

Colhi flores, colhi dores,
pensando em amores.

Colhi o que plantei,
mas também o que não.

Colhi gosto amargo,
sentimento cruel.
Colhi também rosas,
algumas com espinho.
Colhi muitos flores,
neste longo caminho.
Colhi também o azedo,
do terrível medo.
Colhi em teus lábios,
o nosso segredo.
Colhi as belezas,
de cores vibrantes.
Colhi nosso amor,
minha esperança.

Colhi o que plantei,
mas também o que não.

Colhi as verdades,
as dores da vida.
Colhi machucados,
ficaram as feridas.
Colhi o meu tempo,
enquanto passava.
Colhi as migalhas,
que a vida me dava.
Colhi a esperança,
de uma criança.
Colhi muita força,
mesmo perdida.
Colhi as surpresas,
que a vida me dava.

Colhi o que plantei,
mas também o que não.

Colhi as derrotas,
coisas da vida.
Colhi as vitórias,
lições de vida.
Colhi desafios,
que vida me dava.
Colhi experiências,
enquanto passava.
Colhi novos sonhos,
enquanto dormia.
Colhi nova vida,
enquanto lutava.
Colhi no amor,
o que esperava.

__- Bárbara Melo




sexta-feira, 7 de junho de 2013

Alma virtual

Alma virtual

Não nasceu como as outras mulheres...
Ela surgiu de repente.
Foi como num estalo, uma repentina ideia.
Tudo movido por aquela paixão secreta alucinante.
Ele a chamou...
queria contato,
gostava daquele desejo,
daquela paixão...
Assim então ela surgiu.
Criada como uma segunda alma.
Uma que pudesse revelar-se,
gritar aquele amor,
expor-se ao mundo como fêmea apaixonada.
Coisa que a outra não podia...
VIVEU uma intensa paixão,
uma paixão virtual.
Declarou-se em rede,
gritou seu amor online...
e recebia juras de amor.
Any mal sabia que tudo não passava de ilusão.
Esqueceu-se que não existia...
Entregou-se a uma realidade só sua.
Vieram as decepções...
Any uma fêmea apaixonada,
que amava sem pudor,
entristeceu-se na dor.
Uma alma inventada,
uma vida virtual,
sofrendo sem seu amor,
que de longe a desprezava,
nos braços de outro amor.
A primeira alma em sua vida real,
sofrendo também ficou,
em sofrimento em dobro.
Decidiu acabar com a metade,
daquela sua grande dor.
Deu fim a vida de Any,
segunda alma inventada.
Sem dar ao menos a chance,
de existir de verdade...
E jaz Any...
uma alma virtual,
inventada para amar.

__- Bárbara Melo


A lágrima

"Agora a dor era lágrima,
que desceu do rosto amargo.
Escorreu por sobre a rosa,
deixando lá gosto de amor.
Sem querer levou consigo,
o perfume daquela flor.
Caiu em cima do verde,
e o fez brilhar de amor.
Para longe mandou beleza,
expressando o grande amor."

__- Bárbara Melo


Meu tempo, minha dor

Meu tempo não é o seu,
minha saudade não é a tua,
minha dor não é a sua,
meus sonhos não são seus,
minha vida não é sua,
meu futuro não é seu.

__- Bárbara Melo

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Instintos

Já briguei com meu instinto, 
já agredi o meu silêncio,
já gritei comigo mesma, 
dilacerei meu coração. 
Tudo isso com gana,
por uma causa, 
uma escolha,
uma emoção!

__- Bárbara Melo


quarta-feira, 5 de junho de 2013

O amor


O amor tem dessas coisas, 
hora rocha, hora brisa.
O amor pode doer,
magoar, virar ferida.
O amor é indomável,
não se pode dominar.
O amor é uma rosa,
desabrochar, ou murchar.
O amor é uma pimenta,
pode arder, até queimar.
O amor é uma ave,
que pode debandar.
O amor é um remédio,
ele pode te curar.
O amor é como um rio,
podendo logo passar.
O amor pode ser vidro,
quebrou não vai colar.
(...)
O amor é desse jeito,
não se pode decifrar.
Quem conhece, sabe bem
onde isto vai parar.

__- Bárbara Melo



Jogo das palavras

"Pegar uma palavra, 
jogar para o alto, 
aparar com cuidada, 
juntando os pedaços,
formando uma rosa, 
ou um laço de fita...
Isto é ser poeta!"

__-Barbara Melo



Eu, raiz da terra

Nasci da raiz mais humilde da terra, 
Cabelos negros, pele morena da cor da terra,
Semente franzina, que germinou em humilde lugar,
Por entre espinhos, refiz meu caminho sabendo sonhar.

__-Bárbara Melo

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Ainda é possivel sonhar

"Sonhar ainda é possível,
Viver é imprescindível.
Uma coisa leva a outro,
sonhar também é viver.
Viver também é sonhar,
sonhar, viver, amar."


__- Bárbara Melo




Mistérios meus...

"Mistério é meu nome, é meu forte,
com força de grande guerreira,
desfaço as amarras da mente,
encontro em mim toda força,
que precisa todo guerreiro."


__-Bárbara Melo





Essência

Não tente desvendar-me simplesmente,
primeiro sinta, identifique a essência,
desvende com cautela, com atenção.

Use toda sua exata e serena astúcia,
assim instintivamente, mesmo na escuridão,
descobrirás a essência do meu coração. 


__-Bárbara Melo

Minha poesia

Minha poesia transcende d'alma,
violenta, rasga-me o peito,
revoluciona meus sentimentos.

Em sorrateiros e insanos versos
escapa-me por entre os dedos,
hora sofríveis, hora serenos.
(...)
_-Bárbara Melo




Revelações

 Revelações

Há coisas para revelar,
mesmo podendo machucar.
Existem segredos loucos,
alucinados querendo escapar.
Há lembranças amarguradas, 
difíceis de se lembrar.
Existem saudades doloridas,
que não se pode deixar pra lá.
Há caminhas para escolher,
longas estradas para andar.
Existem caminhos obscuros,
caminhos a desvendar.
Há descobertas a se revelar,
esperanças a renovar.
Existem objetivos a se buscar,
buscas a se realizar.
Há vitórias a se conquistar,
felicidades a te esperar.

__-Bárbara Melo




Insanidades

São labirintos meus sonhos,
tempestade os sentimentos.
Pesadelos são meus medos,
furacões os pensamentos.
....
--Bárbara Melo

sábado, 1 de junho de 2013

Teu colo

Teu colo

Teu colo, uma nuvem,
tua pele um algodão,
teu sorriso primavera,
minha amiga do coração.

Sempre estivemos juntas,
mesmo estando distante,
suas palavras, teu carinho,
me transferem segurança.

Lembro da sua lida,
da vida à madrugar,
lágrimas que derramaste,
lutando para nos criar.

Entendo tuas escolhas,
não a culpo de nada,
és felina guerreira,
anjo na minha estrada.

Hoje estamos distantes,
sem poder de ti cuidar,
sem poder retribuir,
sem poder te abraçar.

Mas entenda querida,
Deus esta a ti cuidar,
te sustenta com carinho,
para do mal te livrar.

Quando a vi tão frágil,
sofri por dentro e sorri,
tristeza com alegria,
misturando-se em mim.

Meus dias do teu lado,
fez sentir-me criança,
tendo comigo a amiga,
revivendo a infância.

Ao deixaste minha amiga,
deixei a ti meu coração,
a saudade agora magoa,
faz doer meu coração.

Saudade do teu abraço,
das conversas, do amor,
te amo muito rainha,
esteja na mão criador.

Deus te dê longa vida,
para que possa mostrar,
que ainda és guerreira,
além de rainha do lar.

"À minha mãe, minha guerreira"

___- Bárbara Melo


Infância

Infância 

Foi mágica da infância, da janela do meu quarto
não sabia assim tão bem , como era do outro lado.
Debruçada na janela, sempre sonhava um bocado
mas não sabia de nada, da vida do outro lado.

Tudo parecia tranquilo,
naquele meu imaginar,
pessoas boas felizes,
sempre vivia a sonhar.

A vida era dosada, luxo nem podia pensar
vestidos de seda, mamãe não podia me dar.
Sabia que existia, no meu inocente sonhar
só não podia tocar, muito menos usar.

Mas a vida era feliz,
eu conseguia sonhar,
os beijinhos da mamãe,
tudo podia amenizar.

Nada lá me faltava, tinha onde brincar
rua branca e macia, com areia para pisar.
Campinho de futebol, em frente meu lar
um lugar interessante, pra poder brincar.

Era linda,
minha terra,
meu cantinho,
meu lugar.

Um rio maravilhoso, onde eu podia nadar
com árvores frondosas, uma beleza de lugar.
Com margens enfeitadas, o rio sorria pra mim
eu com os pés na chão, ficava mais um "poquim".

Mas um “poquim” mamãe!
Eu sempre falava assim,
e acabava mergulhando,
banhando mais um "poquim".

A noite era alegria, a vizinhança à conversar
a meninada reunida, pular, brincar, gritar!
De repente aquela música, era do cinema
indicava que era hora, do filme começar.

As horas iam passando,
o povo ali conversando,
a meninada brincando,
e minha vida mudando.

Era menina morena, com pés no chão eu corria
simples assim era feliz, desse jeito eu crescia.
Cabelos negros ao vento, minha infância vivia
crescendo ficando mocinha, eu nem percebia.

Da vida da janela
à rua que eu conhecia,
brincando e sonhando,
eu mudava como a lua.

Saudades da terrinha, onde pude sonhar
de pessoas amigas, com quem pude partilhar.
Dos amigos de infância, das pessoas do lugar
do cheiro de terra molhada, era marca do lugar.

__- Bárbara Melo