quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Devaneios

Costumo silenciar, quando me faltam palavras certas
Nem só por isso, às vezes é por falta mesmo do querer
O que para nós um dia foi assunto, virou conversa
As respostas que sempre tenho ao macabro silêncio.

Insanidade, digo eu, mas sei que sempre respondo
Porque sei o que pensas, sei o que sente, eu sei.
Entendo o que diz o teu silêncio, pede respostas
respostas que sempre tenho, que sempre dou.

Nossos risos confundem-se com a vontade de falar
Falar coisas que não devem ser ditas, palavras proibidas.
Assim segue os devaneios que vivemos, e queremos
queremos o que não pode ser, nem pode ser dito.

O que não pode ser dito é sentido na alma insana
sentimentos que fascinam, dominam a mente, o fôlego.
Duas mentes distintas em um só desejo de amar
Amor puro e ardente, ardente em nossos segredos.

Assim estou eu, duas mentes, que vive, que sonha.
É ou não é, certo ou errado, quem pode o certo dizer
Na vida sonhada o futuro dirá, o que se pode esperar
se muito tarde não for, nesta vida que lentamente se finda.

_-B. Melo

_--Imagem Erika Yamashiro





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